Advogados, veterinários e estudantes debatem sobre direitos dos animais

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Com a premissa de que todos os animais têm direito ao respeito e à proteção do homem, estudantes e profissionais da medicina veterinária, profissionais do direito e sociedade em geral, participaram do II Seminário sobre os Direitos dos Animais, que aconteceu nesta quinta-feira (07), no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Amazonas. O evento é promovido pela Comissão Especial de Proteção aos Animais – CEPA.

Todos os participantes contribuíram com mínimo 2kg de ração para gatos ou cachorros, que serão doados para ongs e pessoas que realizam o resgate dos animais encontrados nas ruas.

O presidente da OAB-AM, Marco Aurélio Choy, a Ordem é casa das boas causas e busca estar sempre a par das demandas que envolvem os animais. “Nós buscamos acompanhar e apoiar todas as atividades realizadas através da CEPA, e sabemos o quanto é necessário abrir o espaço sobre as demandas e os direitos dos animais”, disse.

Entre os temas debatidos estão: Legislação aplicada à segurança e bem-estar dos pacientes, Sauim-de-coleira: a história de uma espécie ameaçada de extinção, O Papel das Instituições de Defesa do Bem-Estar Animal, o papel da OAB na defesa animal, os 20 anos da vara do Meio Ambiente, Crimes de maus-tratos e a DEMA e outros.

A presidente da CEPA, Ana Nogueira, afirma que a discussão acerca dos direitos dos animais é de extrema importância. “O trabalho que nós da CEPA, realizamos é um trabalho sem dúvida alguma pequeno, pois a nossa realidade nos mostra a quantidade animais em situação de violência e maus tratos, a sociedade não encara os animais como seres humanos e exatamente por isso acabam por maltratá-los sem a mínima consciência”, ressalta.

A dra. Vânia Fátima Plaza Nunes, médica veterinária sanitarista e Diretora Técnica do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal-SP, do Grupo de Voluntários para Valorização da Vida Animal de Jundiaí e Coordenadora de Projetos do ITEC-SP, trouxe ao seminário o debate sobre as vaquejadas. “Hoje trago aos participantes os argumentos usados pelos defensores da vaquejada que a tornaram um patrimônio cultural, mesmo com todas as provas de que não se trata de entretenimento e sim de violência”, disse.

Juiz de Maringá, o dr. Anderson Furlan, Juiz discorreu sobre “A senciência no Direito contemporâneo”, onde abordou o assunto através da história. “Ao estudarmos o início das relações humanas, conseguimos entender o porquê dos animais serem despersonificados, pois vemos como a sociedade influencia, no trato dos animais, uma destes exemplos é o capitalismo que por ser imoral usa os animais em publicidade e propagandas para induzr o consumo, levando a entender que estes animais não passam por processos dolorosos para estarem as mesas dos seus consumidores”, afirma.

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