Mais de 40 membros multidisciplinares compõem a Comissão que foi criada em janeiro e tem como objetivo capacitar a comunidade de advocacia para a revolução tecnológica
Para acompanhar a “corrida da Inteligência Artificial (I.A.)”, a Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Amazonas (OAB/AM) inovou e realizou, na última sexta-feira (06), a cerimônia de posse dos novos membros da Comissão de Inteligência Artificial (CIA-OAB/AM).
A solenidade contou com a presença do presidente da OAB/AM, Jean Cleuter Mendonça, da presidente da Comissão de Inteligência Artificial, a advogada Juliana Campagnolli, entre demais membros da diretoria da Seccional.
A Comissão de I.A., que foi criada em janeiro deste ano com três componentes voluntárias, agora conta com mais de 40 profissionais multidisciplinares, formada por advogados e membros consultivos ligados a outras áreas profissionais.
O objetivo da Comissão de I.A. é de aproximar e capacitar a comunidade da advocacia, no sentido de estar preparada para acompanhar a revolução da Inteligência Artificial (I.A.).
“A Comissão de I.A. surgiu do desejo de contribuir com a capacitação da advocacia no campo da tecnologia. Ao me voluntariar para oferecer cursos gratuitos à comunidade jurídica, fui surpreendida pela atitude visionária e estratégica do Dr. Jean Cleuter, presidente da OAB Amazonas, que enxergou naquele momento, a oportunidade de criar uma Comissão específica para o tema”, explicou a presidente da Comissão de I.A.Juliana Campagnolli.
Além de Juliana, também compõem a mesa da diretoria da Comissão de I.A., as advogadas Sâmia Brenna Furtado, como vice-presidente, Valcilene Aleme, como secretária-geral e Tayana Frota, como secretária-geral Adjunta.
Segundo Juliana Campagnolli, desde sua criação, “a Comissão de I.A. tem se destacado pelo compromisso em aproximar os profissionais do Direito das inovações tecnológicas, promovendo cursos e eventos que já impactaram dezenas de advogados”.
Palestra Magna
A solenidade de posse dos novos membros da Comissão de Inteligência Artificial, contou com a palestra magna apresentada pelo renomado juiz federal e referência nacional em I.A., Márcio André Lopes Cavalcante, selando com “chave de ouro”, o início da jornada inovadora da OAB Amazonas.
“Essa iniciativa da OAB Amazonas é fantástica! Foi uma das primeiras Seccionais do Brasil a ter uma Comissão de Inteligência Artificial. Isso mostra como a OAB participou e continua participando dos grandes momentos históricos do Brasil. E, esse momento, no qual vivenciamos uma revolução tecnológica, a OAB não poderia deixar de estar presente”, destacou o juiz.
Para Márcio André, as contribuições trazidas pela advocacia são fundamentais para que o Judiciário e todos os demais atores da Justiça possam fazer o uso da Inteligência Artificial, eficiente, mas, principalmente, ético e voltado à dignidade da pessoa humana.
“Todas as ferramentas de inteligência artificial e tecnológica em geral, são sempre voltadas para servir ao ser humano, para gerar uma Justiça mais célere, mas, também, uma Justiça mais humana. Então, a participação da OAB é fundamental para qualificar esse debate”, salientou.
Medo de perder empregos para a I.A.
Para aqueles advogados que ainda possuem certo receio em fazer o uso da I.A., o juiz federal Márcio André Cavalcante encorajou sobre o uso ético da ferramenta e aconselhou:
“Sempre que surge uma nova tecnologia – e essa aqui (I.A.) é tão disruptiva -, é natural que exista uma certa resistência. No entanto, o conselho que eu dou é que esses profissionais procurem conhecer mais, procurem a Comissão de Inteligência Artificial da OAB que ela vai estar à disposição para oferecer uma instrução necessária. Porque, na verdade, esse temor só vai existir se esse advogado(a) realmente não se qualificar”, finalizou o juiz federal.
Texto: Sidia Ambrosio – Membro consultivo da Comissão de Inteligência Artificial da OAB/AM
